O sonho cai
nítido em noites
aparentemente
simplórias.
A realidade
inventeda em
faces-homens irreais
e sarcástico.
Vida transitória
nas núvens
profundas na
parada da ilusão.
LEITORES
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
ARTISTA PLÁSTICO
Criar os símbolos
inquestionáveis.
Atribuir a um objeto
uma significação sobrenatural,
venerada e
inquestionável.
Um fetiche: analisar
a mediocridade das coisas.
Atribuir as imagens
a arte inexistente.
Um objeto em si não
é arte, mas sim
o significado atribuido
a ele.
um artista recria
suas formas e significados
inexatos.
inquestionáveis.
Atribuir a um objeto
uma significação sobrenatural,
venerada e
inquestionável.
Um fetiche: analisar
a mediocridade das coisas.
Atribuir as imagens
a arte inexistente.
Um objeto em si não
é arte, mas sim
o significado atribuido
a ele.
um artista recria
suas formas e significados
inexatos.
terça-feira, 28 de setembro de 2010
JANELA SOBRE A CIDADE (PARTE 2)
Estou sozinho na cidade
estrangeira, e não conheço
ninguém, e não entendo
a língia que falam. Mas alguém
brilha, de repente, no meio
da multidão, como de repente
brilha uma palavra perdida
na página ou uma graminha
qualquer na cabeleira
da terra...
estrangeira, e não conheço
ninguém, e não entendo
a língia que falam. Mas alguém
brilha, de repente, no meio
da multidão, como de repente
brilha uma palavra perdida
na página ou uma graminha
qualquer na cabeleira
da terra...
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
O POETA APENAS...
Alguém bate a porta,
buscando acolhimento.
Não há quem a abra,
não há quem revele o segredo.
O estrangeiro chega,
buscando acolhimento.
Não há quem o abrigue,
não há quem mostre refúgio.
O estranho pede ajuda,
buscando acolhimento.
Não há quem o receba,
não há quem mostre auxílio.
O poeta busca resposta,
mas só encontra mistério.
Não há quem o esclareça,
não há quem mostre lucidez...
buscando acolhimento.
Não há quem a abra,
não há quem revele o segredo.
O estrangeiro chega,
buscando acolhimento.
Não há quem o abrigue,
não há quem mostre refúgio.
O estranho pede ajuda,
buscando acolhimento.
Não há quem o receba,
não há quem mostre auxílio.
O poeta busca resposta,
mas só encontra mistério.
Não há quem o esclareça,
não há quem mostre lucidez...
domingo, 26 de setembro de 2010
UM FOGO
Um fogo uni corpos
matéria fundi-se
exala pureza.
Um fogo é inércia
consome-se
em nada absoluto
Um fogo nunca estéril
inutiliza formas e
seu metal
em cinza.
Um fogo em síntese
meteamorfoseia estátuas
vivas e anula
sígnos.
matéria fundi-se
exala pureza.
Um fogo é inércia
consome-se
em nada absoluto
Um fogo nunca estéril
inutiliza formas e
seu metal
em cinza.
Um fogo em síntese
meteamorfoseia estátuas
vivas e anula
sígnos.
sábado, 25 de setembro de 2010
CANÇÃO IMPOSSÍVEL
Os que vivem puramente
entre os tempos
importúnuos de inspiração.
Os que fazem sonhos
entre um múrmurio
de pensamento.
Os que andam cegamente
entre labirintos
de solidão.
Os que navegam sem rumo
entre mares
nunca desvendados.
Os que ouvem vozes
entre a multidão
do seu próprio silêncio.
Os que desenham formas
e rotas inalteradas
no seu invisível interior.
entre os tempos
importúnuos de inspiração.
Os que fazem sonhos
entre um múrmurio
de pensamento.
Os que andam cegamente
entre labirintos
de solidão.
Os que navegam sem rumo
entre mares
nunca desvendados.
Os que ouvem vozes
entre a multidão
do seu próprio silêncio.
Os que desenham formas
e rotas inalteradas
no seu invisível interior.
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
O CÉU E O OCEANO
O oceano de cabeça para baixo;
(o céu).
O céu de cabeça para baixo;
(o oceano).
Um céu de memória,
um oceano de pensamento,
Procuro-me na história,
Estou no ar, ou no firmamento?
Meus pés soltos,
Minhas mãos desgarradas,
Ando...por essas ruas
que não ten chão.
Um céu de memória,
Um oceano de pensamento,
O oceano: minha água;
O céu: meu alimento.
__Estou na ar, ou no firmamento?
(o céu).
O céu de cabeça para baixo;
(o oceano).
Um céu de memória,
um oceano de pensamento,
Procuro-me na história,
Estou no ar, ou no firmamento?
Meus pés soltos,
Minhas mãos desgarradas,
Ando...por essas ruas
que não ten chão.
Um céu de memória,
Um oceano de pensamento,
O oceano: minha água;
O céu: meu alimento.
__Estou na ar, ou no firmamento?
terça-feira, 21 de setembro de 2010
POEMA DE LUCIDEZ
Um dia,
achei que era poeta; me anganei.
Vi que minhas
dúvidas e minhas inexatas complexidades
cobriam-me
ao ponto de perder-me
dentro de mim.
Fui labirinto.__tive delírios.
__Voei sem ter asas.
Mas poeta (que sou),
não encontra respostas,
apenas instaura dúvidas.
Em um dia lúcido
meditei entre um e outro
aspectro de memória e pensamento,
concluí, então:
Era homem, comum,
como outro qualquer.
Mas ser poeta...é a minha essência
As palavras nascem ... dou vida a elas...
achei que era poeta; me anganei.
Vi que minhas
dúvidas e minhas inexatas complexidades
cobriam-me
ao ponto de perder-me
dentro de mim.
Fui labirinto.__tive delírios.
__Voei sem ter asas.
Mas poeta (que sou),
não encontra respostas,
apenas instaura dúvidas.
Em um dia lúcido
meditei entre um e outro
aspectro de memória e pensamento,
concluí, então:
Era homem, comum,
como outro qualquer.
Mas ser poeta...é a minha essência
As palavras nascem ... dou vida a elas...
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
CANÇÃO SIMPLES
Na manhã que desperta
espero uma frágil
cantiga de segredos simples.
Espero ouvir cantigas raras
que me trazem ao acolhimento,
onde as vozes são discretas.
Na manhã que desperta
esperover a última estrela
antes do sol nascer.
Assim a vida que começa incerta,
cheia de sombras, brilha
na tempo certo de crescer...
espero uma frágil
cantiga de segredos simples.
Espero ouvir cantigas raras
que me trazem ao acolhimento,
onde as vozes são discretas.
Na manhã que desperta
esperover a última estrela
antes do sol nascer.
Assim a vida que começa incerta,
cheia de sombras, brilha
na tempo certo de crescer...
domingo, 19 de setembro de 2010
IMACULADO
Procuro
a arte inviolável
do não saber
onde os imaculados
convivem e a
pureza reina
onde os corpos
insípidos intocáveis
se deixam e as
mentes se enxergam
onde a chama é inerte
e não queima
onde os insípidos vales
se unem
para formar
a ideia infinita
de escrever
com perfeição...
a arte inviolável
do não saber
onde os imaculados
convivem e a
pureza reina
onde os corpos
insípidos intocáveis
se deixam e as
mentes se enxergam
onde a chama é inerte
e não queima
onde os insípidos vales
se unem
para formar
a ideia infinita
de escrever
com perfeição...
sábado, 18 de setembro de 2010
EXEMPLOS
__Minha fala é
lúdica
lúcido espectro
de pureza...
__Minha fala é
arquiteta
desmembrada no
vácuo...
__Minha fala é
canto interior
refletido em
espelhos...
__Minha fala é
impossível
altar dos
segredos...
lúdica
lúcido espectro
de pureza...
__Minha fala é
arquiteta
desmembrada no
vácuo...
__Minha fala é
canto interior
refletido em
espelhos...
__Minha fala é
impossível
altar dos
segredos...
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
JANELA SOBRE O CORPO
A igreja diz:
O corpo é uma culpa.
A ciência diz:
O corpo é uma máquina.
A publicidade diz:
O corpo é um negócio.
O
corpo
diz:
Eu sou uma festa.
O corpo é uma culpa.
A ciência diz:
O corpo é uma máquina.
A publicidade diz:
O corpo é um negócio.
O
corpo
diz:
Eu sou uma festa.
terça-feira, 14 de setembro de 2010
RECRIAÇÃO
As estrelas e fontes
rubras
jorram uma única essência.
Puramente escoam-se
entre seus becos em
forma de labirinto.
Tramam entre si
a impossível fuga.
Penetram entre outros
universos e recriam
novas formas do
ser absoluto.
Não mais estrela
nem fonte, integra-se
com almas e corpos
singulares.
Nova essência
fluindo o
irreal propósito
da vida...
rubras
jorram uma única essência.
Puramente escoam-se
entre seus becos em
forma de labirinto.
Tramam entre si
a impossível fuga.
Penetram entre outros
universos e recriam
novas formas do
ser absoluto.
Não mais estrela
nem fonte, integra-se
com almas e corpos
singulares.
Nova essência
fluindo o
irreal propósito
da vida...
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
JANELA SOBRE A UTOPIA
Ela está no horizonte
__Diz Fernando Birri
.
__Me aproximo dois passos,
ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e
o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe,
jamais a alcançarei.
Para que serve a utopia?
Serve para isso:para caminhar...
__Diz Fernando Birri
.
__Me aproximo dois passos,
ela se afasta dois passos.
Caminho dez passos e
o horizonte corre dez passos.
Por mais que eu caminhe,
jamais a alcançarei.
Para que serve a utopia?
Serve para isso:para caminhar...
sábado, 11 de setembro de 2010
JANELA SOBRE AS DITADURAS INVISÍVEIS
A mãe abnegada exerce a ditadura
da servidão.
O amigo solícito exerce a ditadura
do favor.
A caridade exerce a ditadura
da dívida.
a liberdade de mercado permite
que você aceite os preços que lhe são
impostos.
A liberdadede opnião permite que
você escute aqueles que opnam
em seu nome.
A liberdade de eleição permite que
você escolha o molho com o qual
será devorado.
da servidão.
O amigo solícito exerce a ditadura
do favor.
A caridade exerce a ditadura
da dívida.
a liberdade de mercado permite
que você aceite os preços que lhe são
impostos.
A liberdadede opnião permite que
você escute aqueles que opnam
em seu nome.
A liberdade de eleição permite que
você escolha o molho com o qual
será devorado.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
ROSA ANTIGA
Antigamente uma rosa
frondosa e
elíptica desprendeu-se.
Uma rosa perdeu
suas pétalas. Pétalas que
se desprendem
continuamente num ciclo
de desprendimento.
Antigamente uma rosa
elegante e
cheirosa . Apenas a
antiga rosa rosa,
a bela... atrai-me para
dentro de mim.
frondosa e
elíptica desprendeu-se.
Uma rosa perdeu
suas pétalas. Pétalas que
se desprendem
continuamente num ciclo
de desprendimento.
Antigamente uma rosa
elegante e
cheirosa . Apenas a
antiga rosa rosa,
a bela... atrai-me para
dentro de mim.
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
JANELA SOBRE AS PROIBIÇÕES
Na parede de um botequim de
Madri,
um cartaz avisa:PROIBIDO CANTAR.
Na parede do
aeroporto do
Rio de Janeiro
um aviso informa:PROIBIDO BRINCAR
com os carrinhos porta-bagagem.
ou seja:
ainda existe gente que
canta
ainda existe gente que
brinca.
Madri,
um cartaz avisa:PROIBIDO CANTAR.
Na parede do
aeroporto do
Rio de Janeiro
um aviso informa:PROIBIDO BRINCAR
com os carrinhos porta-bagagem.
ou seja:
ainda existe gente que
canta
ainda existe gente que
brinca.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
JANELA SOBRE O MEDO
A fome come o medo.O medo do
silêncio atordoa as ruas.
O medo ameaça.
Se você amar, vai pegar aids.
Se fumar , vai ter câncer.
Se respirar, vai se contaminar.
Se beber, vai vai ter acidentes.
Se comer, vai ter colesterol.
Se falar, vai perder o empergo.
Se caminhar, vai ter violência.
Se pensar, vai ter angústia.
Se duvidar, vai ter loucura.
Se sentir, vai ter solidão.
silêncio atordoa as ruas.
O medo ameaça.
Se você amar, vai pegar aids.
Se fumar , vai ter câncer.
Se respirar, vai se contaminar.
Se beber, vai vai ter acidentes.
Se comer, vai ter colesterol.
Se falar, vai perder o empergo.
Se caminhar, vai ter violência.
Se pensar, vai ter angústia.
Se duvidar, vai ter loucura.
Se sentir, vai ter solidão.
segunda-feira, 6 de setembro de 2010
JANELA SOBRE A PALAVRA (VI)
A letra A tem as pernas abertas.
A M é um sobe-desce que vai
do céu ao inferno.
A O, circulo fechado,
asfixia.
A R está evidentimente grávida.
__Todas as letras da palavra
AMOR
são perigosas__comprova
Romy Díaz-Perera.
Quando as palavras saem da boca,
ela as vê desenhadas no ar...
A M é um sobe-desce que vai
do céu ao inferno.
A O, circulo fechado,
asfixia.
A R está evidentimente grávida.
__Todas as letras da palavra
AMOR
são perigosas__comprova
Romy Díaz-Perera.
Quando as palavras saem da boca,
ela as vê desenhadas no ar...
domingo, 5 de setembro de 2010
JANELA SOBRE UMA MULHER (1)
Essa mulher é uma casa secreta.
Em seus cantos,
guarda vozes e
esconde fantasmas.
Nas noites de inverno,
jorra fumaça.
Quem entra nela, dizem,
não sai nunca mais.
eu atravesso o fosso profundo que
a rodeia.
Nessa casa serei habitado.
Nela me espera o vinho que me
beberá.
Muito suavemente bato na porta,
e espero.
Em seus cantos,
guarda vozes e
esconde fantasmas.
Nas noites de inverno,
jorra fumaça.
Quem entra nela, dizem,
não sai nunca mais.
eu atravesso o fosso profundo que
a rodeia.
Nessa casa serei habitado.
Nela me espera o vinho que me
beberá.
Muito suavemente bato na porta,
e espero.
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
ESTÉRIL(PARTE 1)
Não produzir rosas.
Nunca produzir vidas.
Jamais unir corpos.
Infecundar corações.
Nascer uma flor anônima.
Neutralizar o sangue.
Germinar apenas a imóvel pedra.
Invisível homem salta abismos.
Humanizar formas indiscretas.
Tornar-se
inútil decaente deserto
Nunca produzir vidas.
Jamais unir corpos.
Infecundar corações.
Nascer uma flor anônima.
Neutralizar o sangue.
Germinar apenas a imóvel pedra.
Invisível homem salta abismos.
Humanizar formas indiscretas.
Tornar-se
inútil decaente deserto
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
LÚCIDO ABISMO
De tudo que ouvi
atravessando os
sepúlcros falantes.
Sempre pude reter uma
desesperança.Sempre
pude ouvir sussurros de
desespero.
De tudo que senti
atravessando um céu
de desamparo.
Sempre pde reter
a chaga invisível e
ver a agonia prendendo-se a
minha pura essência.
De tudo que fiz,
minha pura criação
foi a imagem do sonho
esquecido...
atravessando os
sepúlcros falantes.
Sempre pude reter uma
desesperança.Sempre
pude ouvir sussurros de
desespero.
De tudo que senti
atravessando um céu
de desamparo.
Sempre pde reter
a chaga invisível e
ver a agonia prendendo-se a
minha pura essência.
De tudo que fiz,
minha pura criação
foi a imagem do sonho
esquecido...
quarta-feira, 1 de setembro de 2010
ESTÉRIL(parte 2)
Fiz uma canção,
sem letra,
sen música,
sem nada.
Fiz um mundo,
sem cor,
sem vida,
sem nada.
fiz os olhos,
cegos.Fiz a paz,
irreal.
fiz o céu
sem estrelas,
sem luz
sem nada.
fiz o nada
com minhas hábeis mãos,
e produzimais do que
o invisível.
sem letra,
sen música,
sem nada.
Fiz um mundo,
sem cor,
sem vida,
sem nada.
fiz os olhos,
cegos.Fiz a paz,
irreal.
fiz o céu
sem estrelas,
sem luz
sem nada.
fiz o nada
com minhas hábeis mãos,
e produzimais do que
o invisível.
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