LEITORES

sábado, 7 de abril de 2012

COTIDIANO SOLITÁRIO

Aquele rosto sempre aparece
nos rostos das ruas sombrias
de dia e de noite
nos vultos noturnos
nas vitrines à mostra.

Caminho pela calçada...
atrás dos vidros dos botequins
pessoas fumam, bebem
 e jogam conversa fora.
 Os cinzeiros estão cheios
 e as pessoas continuam vazias.

Aquele rosto vem a cabeça
 e reflete no horizonte
inóspito dessa cidade.
Já é tarde, tenho que ir pra casa,
solitário eu resisto e persisto
numa utopia que nem me lembro mais.
Os olhos vermelhos de sono...
É hora de dormir...
Amanhã começa outro dia de cão.