LEITORES

segunda-feira, 26 de março de 2012

CHAMA DESPIDA

Cansa-me ser o irreal personagem;
Cansa-me ser a lira comedida;
Cansa-ser o homem áustero;
Cansa-me ser a poética tragédia.


Tudo que vivo é ilusão;
E a vida é a vigilância da morte,
Minha vida está cheia de tudo,
O destino poético é a solidão.

Mas estou cansado... quero 
descansar!

Descansar dos exageros líricos
e dos  labirintos poéticos.

E nestes versos de angústia
sobre-humana; nem a forma,
nem o instante contém 
minha chama despida...